O que está por trás de mudança de hábitos e comportamentos?
- Psicóloga Poliane Soares
- 23 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de jun.
Mudar hábitos envolve muito mais do que força de vontade. É preciso entender o que está por trás do comportamento, trabalhar os pensamentos automáticos e criar estratégias mais conscientes.
Com paciência, autoconhecimento e um plano bem feito, a mudança é totalmente possível.

Muitas vezes, o que parece apenas “falta de força de vontade” está ligado a padrões emocionais, crenças limitantes e medo de falhar. A terapia ajuda a identificar essas barreiras e criar, passo a passo, uma rotina mais leve, produtiva e alinhada com seus objetivos.
Não se trata apenas de força de vontade, mas de entender o que está por trás dos comportamentos que queremos transformar. Pequenos passos diários são mais sustentáveis do que grandes mudanças repentinas. Cada escolha consciente reforça a nova direção que desejamos seguir. E lembrar-se de que recaídas não significam fracasso, mas parte do processo.
Mudar um hábito pode parecer simples na teoria, mas na prática, muita coisa acontece dentro da gente que atrapalha esse processo. Abaixo estão alguns dos principais pensamentos e comportamentos que nos impedem de mudar:
1. Pensamentos que nos sabotam
• “Eu nunca vou conseguir”: Esse tipo de pensamento enfraquece a motivação e faz a pessoa desistir antes mesmo de tentar.
• Tudo ou nada: A pessoa acredita que, se não for para fazer perfeito, é melhor nem começar. Um deslize já vira desculpa pra abandonar tudo.
• Só vê o pior cenário: Um erro pequeno vira um grande fracasso na cabeça, como se tudo tivesse sido em vão.
• Se baseia em experiências passadas: Só porque já tentou mudar antes e não conseguiu, acredita que nunca vai conseguir.
• Busca prazer imediato: O cérebro prefere aquilo que traz alívio ou recompensa rápida, mesmo que atrapalhe no longo prazo.
2. Comportamentos que dificultam a mudança
• Funciona no “modo automático”: A pessoa repete o hábito sem nem perceber. Nem sempre ela se dá conta do que sente ou do que a levou a agir assim.
• Foge das emoções: Muitas vezes, o hábito existe pra aliviar algo (como ansiedade ou solidão). E sem perceber, a pessoa acaba repetindo pra evitar encarar essas emoções.
• Não se planeja direito: Querer mudar sem uma estratégia clara é como sair pra viajar sem mapa. A chance de se perder é grande.
• O ambiente atrapalha: Conviver com pessoas que reforçam o hábito antigo ou estar em lugares que disparam aquele comportamento pode dificultar muito.
• Procrastinação e desculpas: Sempre tem um motivo pra deixar pra depois. A mudança vai sendo adiada e a frustração vai crescendo.
• Novo hábito sem recompensa: Quando o novo comportamento não traz uma sensação boa, ele perde força com o tempo.
Mais do que uma “mania ou um vicio”, muitos comportamentos automáticos revelam necessidades emocionais não atendidas.
A psicoterapia ajuda a revelar o que o comportamento não dito insiste em mostrar.


