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Depressão: causas e risco maior em pessoas com TDAH.

  • Foto do escritor: Psicóloga Poliane Soares
    Psicóloga Poliane Soares
  • 2 de jun.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 4 de jun.


Homem tocando guitarra

A depressão não é só um momento de tristeza que passa logo. Ela é uma condição que afeta a forma como você se sente, pensa e até age no dia a dia.

Muita gente só percebe que está com depressão quando os sintomas começam a atrapalhar muito a vida. Além disso, quem tem TDAH tem mais chances de enfrentar a depressão em algum momento da vida.


Mas por que isso acontece?


Neste texto, vamos falar sobre os sinais e causas da depressão e como o TDAH pode deixar a pessoa ainda mais vulnerável.


O que é a depressão?


A depressão vai além de estar triste por alguns dias. Ela traz um sentimento profundo de desesperança, vazio e desânimo que pode durar semanas ou até meses. Tarefas simples, como sair da cama ou conversar com alguém, podem parecer impossíveis. É importante entender que a depressão não é frescura ou preguiça ela é real e precisa de cuidado.



A depressão costuma aparecer assim:


🔹 Tristeza ou sensação de vazio constante

🔹 Perder o interesse por coisas que antes você gostava

🔹 Dormir demais ou ter insônia

🔹 Comer muito ou quase nada

🔹 Falta de energia e cansaço o tempo todo

🔹 Sentir culpa e pensar que não vale nada

🔹 Dificuldade de se concentrar

🔹 Em casos mais graves, pensamentos de morte ou suicídio


Nem todo mundo tem todos esses sintomas, mas se vários deles aparecem juntos e duram muito tempo, é hora de buscar ajuda.


O que causa a depressão?


As causas são muitas e podem se misturar:


🔸 Genética – ter familiares que já tiveram depressão aumenta o risco.

🔸 Situações difíceis – como perder alguém, ter problemas no trabalho ou enfrentar doenças.

🔸 Falta de apoio – sentir que não tem com quem contar piora muito as coisas.


Por que quem tem TDAH tem mais risco de depressão?


O TDAH traz muitos desafios diários: dificuldade de foco, bagunça, impulsividade. Isso tudo gera frustração e críticas, que podem abalar a autoestima.


Quem tem TDAH costuma:


🔹 Ouvir desde cedo que não “dá conta”

🔹 Se sentir diferente ou incapaz

🔹 Ficar ansioso porque está sempre tentando “se ajustar”

🔹 Ter dificuldades em manter trabalho ou relacionamentos


Tudo isso aumenta o risco de se sentir triste, desanimado e sem esperança abrindo espaço para a depressão. Acho que faz sentido supor que uma história de fracassos em vários domínios das principais atividades da vida possa ser responsável por isso.


Como buscar ajuda e melhorar?


Se você sente que esses sintomas estão te impedindo de viver bem, é hora de procurar um psicólogo ou psiquiatra. Eles vão te ajudar a entender o que está acontecendo e a escolher o melhor caminho para cuidar de você.


💡 O que pode ajudar:

✔️ Conversar com um profissional (psicoterapia)

✔️ Em alguns casos, usar remédios que ajudam a equilibrar o humor

✔️ Cuidar do corpo com boa alimentação, sono e atividade física

✔️ Ter amigos e familiares para conversar e dividir o que sente



6. Conclusão


A depressão pode aparecer em qualquer pessoa, mas ela tem tratamento e melhora muito quando a gente busca ajuda. Se você tem TDAH, é ainda mais importante ficar de olho nos sinais e não ignorar o que está sentindo. Você não está sozinho e não precisa enfrentar tudo isso sem apoio.


💬 Quer conversar ou saber mais? Entre em contato comigo e vamos juntos cuidar da sua saúde mental!



O QUE É DEPRESSÃO?

De todos os transtornos psiquiátricos, a depressão talvez seja o mais conhecido da população em geral.

Mas, será que você sabe mesmo o que é depressão?

A depressão é uma doença psiquiátrica que afeta o estado de humor da pessoa, deixando-a continuamente em um estado anormal de tristeza; É incapacitante e pode afetar gravemente a vida do indivíduo, inclusive levando ao suicídio em casos mais graves. Afeta homens e mulheres, de qualquer faixa etária, (mulheres são duas vezes mais afetadas). Em crianças e idosos o transtorno tem especificidades, sendo a ocorrência também comum em ambos os grupos. Estima-se que cerca de 350 milhões de pessoas em todo mundo, sofram de algum tipo de depressão.

Embora o diagnóstico da depressão seja clínico, ou seja, não existem exames, fortes evidências indicam que a depressão é um transtorno neurobiológico; Esta hipótese é bem aceita, principalmente porque cerca de 80% dos casos de depressão apontam melhora significativa ao tratamento medicamentoso que envolve esta circuitaria cerebral.

É importante salientar que muitas vezes a depressão demora a ser diagnosticada, porque o sentimento de tristeza fica mascarado por sintomas como mau humor e irritabilidade, o que especialmente na criança, é bastante comum.

Existem tipos e níveis diferentes de depressão, mas em geral a pessoa deprimida demonstra tristeza, embotamento, mau humor, perda de vontade de fazer qualquer coisa por longos períodos. Algumas vezes um processo depressivo pode iniciar após alguma perda, trauma ou problema grave, outras vezes não se verifica motivo específico aparente.

Pessoas que nunca se sentiram deprimidas tendem a não entender, e muitas vezes a não ter paciência para lidar com o deprimido.

O deprimido precisa de muita ajuda. É preciso entender que existe algo físico acontecendo no cérebro dele que não o permite reagir como se espera. Ninguém fica deprimido por vontade própria, aliás, ao deprimido falta motivação, e novamente, não esqueçamos, esta falta de motivação se deve a um processo químico em seu cérebro. Os indivíduos deprimidos sentem culpa, baixa autoestima, desânimo, tristeza, sentimento de fracasso e de ser um estorvo para os outros e até fadiga. Qualquer atividade para o deprimido é um verdadeiro suplício e exige muito mais do que ele, nesta condição, pode oferecer. É comum que sintam muito sono, durmam demais, evitem sair de casa e se relacionar com as pessoas.

Dependendo da gravidade da depressão e do contexto no entorno, o indivíduo deprimido sem tratamento, pode acabar desenvolvendo outros transtornos comórbidos, como pânico, fobias sociais, transtorno de ansiedade, abuso de substâncias, até delírios mórbidos e suicídio.

As causas podem variar, de predisposição genética aos fatores estressantes familiares e sociais.





 
 

    Psicóloga Poliane Soares 
CRP: 121/792

    Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental

    Rua Beijui N 101
   São Paulo- SP

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